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segunda-feira, 8 de março de 2010

A Segunda.

Conheci uma mulher, quando ela já tinha 6o anos de idade.
Tivera uma vida sofrida.Fora abandonada pelo companheiro, quando ainda era uma adolescente e tinha um filho bébé nos braços. 2 ou 3 anos depois, refez a sua vida, casou-se, e o seu filho passou a constar no registo civil como filho do seu marido. Teve uma outra filha.Nunca exerceu qualquer profissão, a não ser a de dona de casa. Criou os filhos, tratou do marido, manteve um lar durante mais de 30 anos.
Durante mais de 30 anos sofreu violência físicia, psicológica, e ouviu, invariavelmente, a ladaínha do marido, (que se embedava 7 noites por semana) de que ela só tinha que estar agradecida por ele ter criado o filho dela, sustentando-o.
O filho, desde muito novo, entregou-se à droga, a filha rapidamente saiu de casa.
Aos 60 anos, esta mulher estava sózinha.Um dia ganhou coragem e levou até ao fim uma das inúmeras queixas de violência doméstica. Que, agora em sede de Julgamento, o Juíz, conseguiu que desistisse, perdoando o marido. Mas, adomestou energicamente o marido, de que se voltasse a entrar naquele Tribunal, seria mesmo condenado e cumpriria pena de prisão.
O marido respondeu ao Juíz: "Se ela se portar bem, eu não lhe bato, mas se estiver sempre a chatear porque ponho os pés em cima da mesa, atiro a roupa para o chão, então não posso prometer nada."
Passados dois anos soube que esta mulher se divorciou, (finalmente), fez a sua mala, e foi-se embora da casa que era a sua, mas que nunca foi sua. Tinha 60 anos 38 anos de casamento.Nunca mais soube dela.

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