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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O amor virtual ou o engate "on line"!

Navegando pela rede deparo-me com frases mais que batidas, ditas e reditas vezes sem conta, afixadas em inúmeras salas de conversação, a que gosto de chamar de "engate on line": Procuro mulher, procuro homem, procuro curtes, procuro amigos.
Os apelos do "procuro", revelam uma realidade que, de repente deixa de ser vitual.
Os "procuro" da rede serão, talvez, uma forma de preencher horas e dias de solidão imensa, porque os seres humanos existem como seres sociais, tendo por isso essa necessidade de procurar outros seres que comunguem da mesma necessidade. São a nova versão dos velhos convivios das aldeias.
Também há aqueles que sofrem doutro tipo de solidão: são os que, não estando nem física nem emocionalmente sós, se divertem a "engatar".
Esta espécie, esconde-se atrás do relativo anonimato da rede, para lançar a sua teia de pseudo sedução, trocando, inicialmente, inocentes, fofos e girissimos post's e, num estado mais avançado da teia, grandes obras de arte denominadas "hardcore".
Também me deparo com aqueles que, sedentos de saber, navegam pela rede, incessantemente, à procura do conhecimento, da sabedoria, e não muitas raras vezes, "bebem", sem peias, tudo o que encontram, sem conseguirem descortinar a verdade da mentira, e sem terem ninguém com quem partilhar tudo o que apreenderam.
Existe ainda uma outra categoria de navegantes, na qual me incluo, que gosta de viajar, falar com os amigos (não virtuais), debater ideias, enfim, conviver.
Dou por mim a pensar que todas estas pessoas, de tanto se procurarem, acabam inexoravelmente, tristes e sós, em frente a um computador, diante de uma gigantesca rede social, composta por caras, fotografias, diminutivos ou alcunhas, (absolutamente rídiculos) mas completamente VAZIA.
(e agora desligo-me, porque começo a reconhecer-me neste retrato).

1 comentário:

  1. completamente de acordo com a sua análise sobre a "convivência virtual"

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